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17ª Primavera dos Museus discute memórias e democracias

Evento

: Museu Antropológico da UFG, Câmpus Colemar Natal e Silva, Goiânia-GO

: 18 a 23 de Setembro 2023

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Em 2023, a 17ª Primavera dos Museus, coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), traz o tema “Memórias e Democracia: pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas” para oportunizar a reflexão sobre como a democracia de seus agentes vem sendo construída. A história da formação do Brasil, na tarefa de implementar um regime efetivamente democrático e que, ao mesmo tempo, fosse capaz de garantir e de criar direitos, é marcada por crises e interrupções, como a que vivemos, no dia 8 de janeiro deste ano, com a ameaça de golpe de Estado e os ataques terroristas ao patrimônio histórico, cultural e à dimensão política de nosso país.

As memórias da comunidade LGBT+ são fundamentais para compreender a luta por direitos civis, igualdade e respeito. Ao longo da história, indivíduos LGBT+ têm enfrentado discriminação, marginalização e perseguição em muitas sociedades. Essas memórias coletivas abrangem movimentos de protesto, manifestações, eventos significativos, como as revoltas de Stonewall em 1969, e os esforços contínuos para alcançar, por exemplo, a igualdade no casamento, adoção e não discriminação.

As memórias dos povos indígenas são essenciais para preservar suas culturas, línguas e conhecimentos ancestrais. Muitas comunidades indígenas enfrentaram séculos de colonialismo, exploração e opressão que causaram a perda de terras, a destruição de tradições e a negação de seus direitos fundamentais. A democracia efetiva para os povos indígenas implica o respeito aos seus direitos de autodeterminação, consulta e consentimento livre, prévio e informado sobre questões que afetam suas terras e comunidades, em uma abordagem inclusiva que valorize suas memórias e perspectivas.

As memórias das comunidades quilombolas são um testemunho da resistência e resiliência ao longo do tempo. Os quilombos surgiram como comunidades autônomas de pessoas afrodescendentes que escaparam da escravidão e lutaram por liberdade e dignidade. Para as comunidades quilombolas, a democracia significa reconhecimento oficial de suas terras e direitos, preservando suas tradições culturais e garantindo o acesso a serviços básicos, como educação e saúde. É essencial que suas vozes sejam ouvidas nas decisões que afetam suas vidas e territórios.

Portanto, a memória é um elemento vital para a construção da democracia e para a promoção da igualdade e da justiça social. Por um lado, preservar as memórias das pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas é fundamental para que suas lutas, realizações e identidades sejam valorizadas e respeitadas na sociedade contemporânea e os museus têm essa responsabilidade. A democracia verdadeira
deve garantir a inclusão dessas vozes historicamente marginalizadas, permitindo que sejam protagonistas de seu próprio destino e da construção de um futuro mais justo e igualitário.

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