
Seminário Mulheres Encarceradas
A Faculdade de Ciências Sociais realiza nos dias 26 e 27 de junho o Seminário “Mulheres Encarceradas”. O evento é produto de uma parceria entre o Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Criminalidade e Violência (NECRIVI) da Faculdade de Ciências Sociais (FCS), Universidade Federal de Goiás (UFG) e Pastoral Carcerária. O objetivo desta parceria é ampliar o debate e a intervenção qualificada no que diz respeito à temática do encarceramento feminino. Para tanto serão convidadas/os pesquisadoras/es, profissionais do sistema de justiça, gestores públicos e agentes da sociedade civil para discutirem publicamente sobre os desafios para o enfrentamento dos problemas associados à condição da mulher no cárcere.
Conforme números oficiais do INFOPEN – MJ, em um período de 16 anos (entre 2000 – 2016), o número de presas no país saltou de 5.800 para cerca de 42.000 mulheres privadas de liberdade, representando um aumento de 656%. A taxa de aprisionamento feminino que era de 6,5 encarceradas para cada grupo de 100 mil mulheres, passou, em 2016, para 40,6 mulheres presas em 100 mil. Se de um lado, o aumento do encarceramento feminino ampliou os espaços de debate em torno da questão do confinamento de mulheres, por outro, ainda são escassos os estudos e pesquisas, sobre as condições de vida das mulheres no cárcere, as trajetórias que as envolvem na criminalidade, assim como, suas particularidades dentro do sistema prisional.
Problematizar o encarceramento feminino é, portanto, uma questão latente, tanto no que tange a perspectiva do seu incremento, quanto no que diz respeito, as peculiaridades do cárcere feminino e seus efeitos perversos. A intenção do seminário é a promoção dos direitos humanos das mulheres presas, além de ampliar o debate acerca das políticas públicas que respondam às necessidades das mesmas, na perspectiva dos Direitos Humanos. Este seminário é aberto a todas as pessoas interessadas na temática, especialmente a pesquisadores, estudantes, defensores dos direitos humanos e professores, líderes da sociedade civil organizada e representantes do governo, ou seja, agentes envolvidos com as questões relacionadas com o sistema prisional e o encarceramento feminino.
Confira a programação do evento: