Assembleia da comunidade universitária da FIC discute violência contra a mulher e machismo

Ocorreu na manhã desta sexta-feira, 17 de Junho, no auditório da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), uma assembleia da comunidade universitária desta unidade acadêmica. As pautas discutidas foram a segurança na FIC e imediações, os assédios (moral e sexual) e a participação no espaço das profissões.

O diretor da FIC, Prof. Dr. Magno Medeiros, abriu a assembleia abordando a questão do feminicídio. Além disso, alertou sobre a portaria do governo de Michel Temer, publicada nesta segunda-feira (13), que suspende por 90 dias a realização de atos de gestão do Ministério da Justiça, o que, na prática, suspende as políticas públicas relacionadas aos Direitos Humanos.

Na sequência, os debates foram conduzidos por uma mesa diretiva composta exclusivamente por mulheres (professoras, estudantes e uma trabalhadora técnico-administrativa). As falas foram propositivas e centraram-se em discutir a violência contra a mulher e o machismo para além de casos específicos e midiatizados, de forma a criar ações efetivas para mudar uma realidade que é sistêmica e cultural dentro desta instituição.

Ao final, foram apresentadas propostas a serem discutidas e encaminhadas, dentre elas: a criação de uma comissão interna da FIC para tratar do tema; a criação de uma ouvidoria feminista, que esteja preparada, com recursos físicos e humanos, para receber as denúncias da comunidade; a exigência para que a UFG se declare contra o machismo, a exemplo de quando se posicionou contra o Racismo e a LGBTfobia; a exigência para que os cerca de quarenta (40) processos administrativos disciplinares e sindicâncias sobre assédios (moral e sexual), que correm atualmente na Reitoria, sejam concluídos; a criação de disciplinas específicas sobre feminismo para todos(as) os(as) estudantes da UFG; aulas de autodefesa para as estudantes da UFG com profissionais habilitados; contratação de segurança humanitária; formulação de curso sobre amparo às vítimas de abusos para vigilantes patrimoniais e segurança humanitária; formulação de curso sobre feminismo para docentes, técnico-administrativos e estudantes; formação de uma rede de amparo, com profissionais, às vítimas de violência de gênero.